segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

As cotas são um meio de menosprezo e discriminação

"Em razão de algum processo hitórico depreciativo, teriam maior dificuldade para aproveitar as oportunidades do mercado de trabalho, bem com seriam vítimas de discriminação em suas interações com a sociedade". Essa é a desculpa que os governantes usam para justificar o sistema de cotas, mas será que tal sistema realmente funciona para igualar a importancia de negros, brancos, pobres e ricos?
Quem disse que se deve separar o que pertence ao negro do que pertence ao branco?
O sistema de cotas é apenas mais uma maneira de discriminação contra os afro-decendentes que, desta forma, são taxados de incapazes para o ingresso no ensino superior. Isso é errado. Em primeiro lugar, não existe raça pura no Brasil, todos são fruto de uma miscigenação. Sem falar que a capacidade de uma pessoa não se mede por sua raça, sendo que responder isso no ato da inscrição do vestibular já é uma forma de discriminação.
No Rio de Janeiro, a lei estadual 3524/00, de 28 de dezembro de 2000, garante uma reserva de 50 % das vagas nas universidades estaduais para a rede pública, municipal e estadual. A Universidade de Brasília e a Universidade do Estado da Bahia também aderem a tal sistema, reservando vagas por fatores sócio-econômicos, cor ou raça. E por que isso? Porque o sistema público de ensino é falido e arcaico e os governantes sabem disso.
Está na hora de por um ponto final nessa história. Quer uma vaga? Passe no vestibular. É hora de os governantes começarem a se preocupar com a educação do país e, ao invés de criar cotas nas universidades para o ensino público, reestruturá-lo garantindo bons professores e qualidade de ensino. Já no caso das cotas por questão racial, o fato é, independente da cor ou da raça, as pessoas podem conseguir o que quiserem se tiverem determinação o bastante. Aceitar uma vaga provinda de cotas é menosprezar a si mesmo.

Bruna de Morais Holanda

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